Mulher recém-parida vive como gato no mato. Anda sorrateira, pisa leve pra não craquelar as folhas caídas. Come só, e só porque tem de comer.
O pêlo troca, o peito fisga, o bico pinga, a barriga vazia.
Vive em pele e osso porque é o corpo seu novo sentido. Talvez também porque seja a sua principal função ajudar a sustentar o corpo-casa daquele pequeno.
Ninguém ousa tocá-la sem sentido.
É só e solitária a vida da mulher recém-parida. Mas ainda assim, nas poucas visitas que faz ao mundo de lá, ela faz com que seu filho reproduza um sorriso de instinto, fingindo ser pura graça a vigília em que vive.
para tudo o que geramos e parimos, bichos que somos, roçando nossos couros na terra dos dias... os nossos banais feitos heroicos.
21 setembro 2012
menina de cá
28 março 2012
nesses dias em que é só toró aqui por dentro, não me escondo mais de ti, filho.
eu te prometo o que tenho, porque desde sempre tu já vens.
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
("Dia branco", Geraldo Azevedo)
eu te prometo o que tenho, porque desde sempre tu já vens.
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
("Dia branco", Geraldo Azevedo)
Assinar:
Postagens (Atom)